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sexta-feira, 25 de maio de 2012

Batista Campos X Hipólito da Costa


Trabalho de História do Jornalismo

Prof. Paulo Roberto

Aluno: Afonso Gallindo – JORN 13


João Batista Gonçalves Campos

Foi um importante ativista político da história do que atualmente é o estado do Pará, desde a época que antecedeu a Independência do Brasil até as lutas partidárias que culminaram com a explosão do movimento da Cabanagem (1835-1840), ocorrido durante o período da regência provisória.
Filho de Mateus Gonçalves e de D. Maria Bernardo de Campos, foi ordenado em 1805, destacou-se como sacerdote.
Autor intelectual da Cabanagem, alimentou, com suas atitudes corajosas e com seu verbo entusiasmado, a resistência contra o então governador da província Bernardo Lobo de Sousa, por isso teve de refugiar-se no interior da Província, para escapar às perseguições do governo. Redigiu o primeiro jornal publicado em Belém - "O Paraense" - e a seguir o "O Publicador Amazoniense".
Na administração pública, foi vice-presidente do Conselho do Governo da Província e fez parte da Junta Provisória do Governo, no período de 18 de agosto de 1823 a 30 de abril de 1824.
Em 1834, enquanto Batista Campos fazia a barba, provocou, por descuido, um corte profundo em uma espinha no rosto por intermédio da navalha que usava. O ferimento aparentemente irrelevante infeccionou, provavelmente acentuado pelas condições geográficas da Amazônia, o que ocasionou a morte de Batista Campos em 31 de dezembro de 1834. Seu corpo foi enterrado na Vila de Barcarena e, mais de 150 anos depois, em 1985, seus restos mortais foram retirados do local de sepultamento, colocados em uma urna, e levados em carreata pela cidade de Belém, na comemoração dos 150 anos da Cabanagem, sendo posteriormente carregados a um monumento comemorativo na capital paraense.
Em 14 de fevereiro de 1904 foi inaugurada a Praça Batista Campos uma homenagem dedicada pelo então intendente do governo paraense Antônio Lemos
Os restos de Batista Campos atualmente descansam na Igreja de Nossa Senhora de Nazaré ou Matriz, em Barcarena



Hipólito da Costa

Nascido na Colônia do Sacramento, então domínio da Coroa portuguesa (hoje pertencente ao Uruguai), Hipólito era filho de família abastada do Rio de Janeiro.
Seu pai era Félix da Costa Furtado de Mendonça, alferes de ordenanças da Capitania do Rio de Janeiro e sua mãe Ana Josefa Pereira, natural de Sacramento. Após Sacramento ser devolvido á posse da Coroa espanhola, em 1777, sua família instalou-se em Pelotas, no Rio Grande do Sul, onde passou a sua adolescência. Fez os seus primeiros estudos em Porto Alegre, concluídos em Portugal, na Universidade de Coimbra, onde se formou em Leis,Filosofia e Matemática (1798).
Recém-formado, foi enviado como diplomata pela Coroa portuguesa aos Estados Unidos da América e ao México, para onde embarcou em 16 de outubro de 1798, com a tarefa de conhecer a economia desses dois países e as novas técnicas industriais aplicadas pelos norte-americanos. Viveu nos Estados Unidos por dois anos onde, na Filadélfia, veio a ingressar na maçonaria o que influenciou a sua vida daí em diante.
De volta ao reino, viajou a serviço da Coroa Portuguesa para Londres em 1802, com o objetivo declarado de adquirir obras para a Real Biblioteca e maquinário para a Imprensa Régia. Ocultamente, entretanto, os seus motivos eram o também de estabelecer contatos entre as Lojas Maçônicas Portuguesas e o Grande Oriente em Londres.
Três ou quatro dias após o seu retorno ao reino foi detido pela Inquisição por ordem de Diogo Inácio de Pina Manique, sob a acusação de disseminar as idéias maçônicas na Europa. Encaminhado às celas do Tribunal do Santo Ofício, onde permaneceu até 1805, logrou evadir-se para a Espanha sob um disfarce de criado, com o auxílio dos seus irmãos maçons. De lá passou para a Grã-Bretanha, onde se exilou sob a proteção do príncipe Augusto Frederico, duque de Sussex, o sexto filho de Jorge III do Reino Unido e grão-mestre da maçonaria inglesa.
Na Inglaterra, obtêm a nacionalidade inglesa com a ajuda do Duque de Essex, adquirindo ações do Banco da Escócia o que lhe outorgava tal direito de forma imediata. Casa em 1817 com Mary Ann Troughton da Costa com quem tem 3 filhos, além de já ter tido 1 filho com Mary Anne (Lyons ou Symons).
Obtendo a condição de estrangeiro neutralizado, um estrangeiro residente com alguns direitos políticos. De Londres passou a editar regularmente aquele que é considerado o primeiro jornal brasileiro: o Correio Braziliense ou Armazém Literário, que circulou de 1° de junho de 1808 a1823 (29 volumes editados, no total).
Com esse veículo, passou a defender as ideias liberais, entre as quais as de emancipação colonial, dando ampla cobertura à Revolução liberal do Porto de 1820 e aos acontecimentos de 1821 e de 1822 que conduziriam à Independência do Brasil. O seu principal inimigo eraBernardo José de Abrantes e Castroconde do Funchal, embaixador de Portugal em Londres, que chamou ao Corrreio: "Esta terrível invenção de um jornal português na Inglaterra", vindo a editar um periódico contra ele, que circularia até 1819 (O Investigador Portuguez em Inglaterra).
Em 1812 fez um acordo secreto com a Coroa portuguesa, que previa a compra de um determinado número de exemplares do jornal e um subsídio para o próprio jornalista, em troca de moderação nas suas críticas contra a monarquia.[1]
Faleceu em 1823, sem chegar a saber que fora nomeado cônsul do Império do Brasil em Londres. No Brasil é considerado o patrono da imprensa. Em Porto Alegre foi homenageado emprestando seu nome ao Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa. Estava sepultado em St. Mary the Virgin, em Hurley, condado de Berkshire; mas em 2001 seus restos mortais foram trasladados para Brasília. Atualmente seus restos mortais estão nos Jardins do Museu da Imprensa Nacional.

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