Trabalho de História do Jornalismo
Prof. Paulo Roberto
Aluno: Afonso Gallindo – JORN 13
João Batista Gonçalves Campos
Foi um importante ativista político da
história do que atualmente é o estado do Pará, desde a época que antecedeu
a Independência do Brasil até as lutas partidárias que
culminaram com a explosão do movimento da Cabanagem (1835-1840),
ocorrido durante o período da regência provisória.
Filho de Mateus Gonçalves e de
D. Maria Bernardo de Campos, foi ordenado em 1805, destacou-se como
sacerdote.
Autor intelectual da Cabanagem,
alimentou, com suas atitudes corajosas e com seu verbo entusiasmado, a
resistência contra o então governador da província Bernardo Lobo de Sousa,
por isso teve de refugiar-se no interior da Província, para escapar às
perseguições do governo. Redigiu o primeiro jornal publicado em Belém -
"O Paraense" - e a seguir
o "O Publicador Amazoniense".
Na administração pública, foi
vice-presidente do Conselho do Governo da Província e fez parte da Junta
Provisória do Governo, no período de 18 de agosto de 1823 a 30
de abril de 1824.
Em 1834, enquanto Batista Campos fazia a barba,
provocou, por descuido, um corte profundo em uma espinha no rosto por
intermédio da navalha que
usava. O ferimento aparentemente irrelevante infeccionou,
provavelmente acentuado pelas condições geográficas da Amazônia,
o que ocasionou a morte de Batista Campos em 31 de
dezembro de 1834.
Seu corpo foi enterrado na Vila de Barcarena e, mais de 150 anos depois, em
1985, seus restos mortais foram retirados do local de sepultamento, colocados
em uma urna, e levados em carreata pela cidade de Belém, na comemoração dos 150
anos da Cabanagem, sendo posteriormente carregados a um monumento comemorativo
na capital paraense.
Em 14 de fevereiro de 1904 foi
inaugurada a Praça Batista
Campos uma homenagem dedicada pelo então intendente do governo
paraense Antônio Lemos
Os restos de Batista Campos
atualmente descansam na Igreja de Nossa Senhora de Nazaré ou Matriz, em
Barcarena
Hipólito da Costa
Nascido na
Colônia do Sacramento, então domínio da Coroa portuguesa (hoje
pertencente ao Uruguai), Hipólito era filho de família abastada do Rio
de Janeiro.
Seu pai era Félix da Costa
Furtado de Mendonça, alferes de ordenanças da Capitania do Rio de Janeiro e sua
mãe Ana Josefa Pereira, natural de Sacramento. Após Sacramento ser devolvido á
posse da Coroa espanhola, em 1777, sua família instalou-se em Pelotas, no Rio
Grande do Sul, onde passou a sua adolescência. Fez os seus primeiros estudos em Porto
Alegre, concluídos em Portugal, na Universidade de Coimbra, onde se formou
em Leis,Filosofia e Matemática (1798).
Recém-formado, foi enviado como diplomata
pela Coroa portuguesa aos Estados
Unidos da América e ao México, para onde embarcou em 16 de outubro de 1798, com a tarefa de conhecer a economia
desses dois países e as novas técnicas industriais aplicadas pelos
norte-americanos. Viveu nos Estados Unidos por dois anos onde, na Filadélfia,
veio a ingressar na maçonaria o que influenciou a sua vida daí em
diante.
De volta ao reino, viajou a
serviço da Coroa Portuguesa para Londres em 1802, com
o objetivo declarado de adquirir obras para a Real Biblioteca e
maquinário para a Imprensa
Régia. Ocultamente, entretanto, os seus motivos eram o também de
estabelecer contatos entre as Lojas Maçônicas Portuguesas e o Grande
Oriente em Londres.
Três ou quatro dias após o seu
retorno ao reino foi detido pela Inquisição por
ordem de Diogo Inácio de Pina Manique, sob a acusação de
disseminar as idéias maçônicas na Europa. Encaminhado às celas do Tribunal
do Santo Ofício, onde permaneceu até 1805, logrou evadir-se para a Espanha sob
um disfarce de criado, com o auxílio dos seus irmãos maçons. De lá passou para
a Grã-Bretanha, onde se exilou sob a proteção do príncipe Augusto
Frederico, duque de Sussex, o sexto filho de Jorge III do Reino Unido e
grão-mestre da maçonaria inglesa.
Na Inglaterra, obtêm a
nacionalidade inglesa com a ajuda do Duque de Essex, adquirindo ações do Banco
da Escócia o que lhe outorgava tal direito de forma imediata. Casa em 1817 com
Mary Ann Troughton da Costa com quem tem 3 filhos, além de já ter tido 1 filho
com Mary Anne (Lyons ou Symons).
Obtendo a condição de
estrangeiro neutralizado, um estrangeiro residente com alguns direitos
políticos. De Londres passou a editar regularmente aquele que é considerado o
primeiro jornal brasileiro: o Correio Braziliense ou Armazém Literário,
que circulou de 1° de junho de 1808 a1823 (29 volumes editados, no total).
Com esse veículo, passou a
defender as ideias liberais, entre as quais as de emancipação colonial, dando
ampla cobertura à Revolução
liberal do Porto de 1820 e aos acontecimentos de 1821 e de 1822 que conduziriam à Independência
do Brasil. O seu principal inimigo eraBernardo José de Abrantes e Castro, conde do
Funchal, embaixador de Portugal em Londres, que chamou ao Corrreio:
"Esta terrível invenção de um jornal português na Inglaterra",
vindo a editar um periódico contra ele, que circularia até 1819 (O Investigador Portuguez em Inglaterra).
Em 1812 fez um acordo secreto com a Coroa
portuguesa, que previa a compra de um determinado número de exemplares do
jornal e um subsídio para o próprio jornalista, em troca de moderação nas suas críticas
contra a monarquia.[1]
Faleceu em 1823, sem chegar a saber que fora nomeado cônsul do
Império do Brasil em Londres.
No Brasil é
considerado o patrono da imprensa. Em Porto Alegre foi homenageado emprestando seu nome
ao Museu de Comunicação Social Hipólito José da Costa.
Estava sepultado em St. Mary
the Virgin, em Hurley, condado de Berkshire; mas em 2001 seus restos mortais
foram trasladados para Brasília. Atualmente seus restos mortais estão nos
Jardins do Museu da Imprensa Nacional.
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