quarta-feira, 9 de maio de 2012

Luís Augusto May


   Um dos personagens mais polêmicos nos anos que an- tecederam a independência do Brasil e no período imediata- mente pós-conquista dá nome a uma rua no Ipiranga. Trata-se Luís Augusto May, um ex-funcionário português, fundador e diretor do jornal A Malagueta. Ele se vangloriava de ter sido a primeira publicação a noticiar o “Dia do Fico”, atacava o governo, mas poupava D. Pedro I, concentrando suas críticas em José Bonifácio. O historiador Nelson Werneck Sodré conta que, depois de uma interrupção de circulação, A Malagueta voltou em 1823 como oposição ao Governo. O pesquisador externa a suposição de que May ficara aborrecido por não ter conseguido um cargo no exterior e reeditou o jornal, como vingança. A linha contrária ao imperador valeu ao jornalista ataques do Espelho, sendo que atribui-se ao próprio D. Pedro I a autoria dos textos mais virulentos divulgados pelo jornal. May também acabou sendo vítima de violenta agressão física em 6 de junho de 1823 que o deixou com uma mão aleijada. Também nesse episódio, são fortes os indícios de que o imperador, patrono do fim da censura prévia, estava entre os agressores e que May poderia tê-lo reconhecido, tendo se aproveitado para tirar vantagem, pois só relatou o ataque em março de 1824.

Sustentação dos votos dos deputados Raimundo José da Cunha Mattos e Luiz Augusto May sobre a convenção para a final extincção do commercio de escravos.
http://www.brasiliana.usp.br/bbd/handle/1918/01754900#page/18/mode/2up



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