João Batista Gonçalves Campos
(Barcarena, 1782 — Barcarena, 31 de dezembro de 1834) foi um cônego, jornalista e advogado brasileiro.
Foi um importante ativista político da história do que atualmente é o estado do Pará, desde a época que antecedeu a Independência do Brasil até as lutas partidárias que culminaram com a explosão do movimento da Cabanagem (1835-1840), ocorrido durante o período da regência provisória.
Filho de Mateus Gonçalves e de D. Maria Bernardo de Campos, foi ordenado em 1805, destacou-se como sacerdote.
Autor intelectual da Cabanagem, alimentou, com suas atitudes corajosas e com seu verbo entusiasmado, a resistência contra o governador da província Bernardo Lobo de Sousa, por isso teve de refugiar-se no interior da Província, para escapar às perseguições do governo. Redigiu o primeiro jornal publicado em Belém - "O Paraense" - e a seguir o "O Publicador Amazoniense".
Na administração pública, foi vice-presidente do Conselho do Governo da Província e fez parte da Junta Provisória do Governo, no período de 18 de agosto de 1823 a 30 de abril de 1824. Por ordem de Grenfell, foi amarrado à boca de um canhão aceso no dia 17 de outubro de 1823.
Em 1834, enquanto Batista Campos fazia a barba, provocou, por descuido, um corte profundo em uma espinha no rosto por intermédio da navalha que usava. O ferimento aparentemente irrelevante infeccionou, provavelmente acentuado pelas condições geográficas da Amazônia, o que ocasionou a morte de Batista Campos em 31 de dezembro de 1834. Seu corpo foi enterrado na Vila de Barcarena e, mais de 150 anos depois, em 1985, seus restos mortais foram retirados do local de sepultamento, colocados em uma urna, e levados em carreata pela cidade de Belém, na comemoração dos 150 anos da Cabanagem, sendo posteriormente carregados a um monumento comemorativo na capital paraense.
Em 14 de fevereiro de 1904 foi inaugurada a Praça Batista Campos uma homenagem dedicada pelo então intendente do governo paraense Antônio Lemos
Os restos de Batista Campos atualmente descansam na Igreja de Nossa Senhora de Nazaré ou Matriz, em Barcarena
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